Será que o design se adapta às mídias que vêm chegando?
O Design é uma peça determinante no processo de revisão da relação do homem com o meio em que vive, ele surgiu em plena era da Revolução Industrial, e depende muito da produção industrial para existir e a indústria depende das matérias-primas e dos recursos naturais para que também possa existir.
A comunicação visual no Design é fundamental para conferir sentido estético ao consumo, é através da estética imposta pela sociedade de consumo que o individuo constitui sua subjetividade, à partir dos seus estereótipos, que determinam que os “diferentes” convivam tentando serem iguais entre si (Canclini, 2001; Castro, 1998).Antigamente, os designers, publicitários e profissionais de marketing tinham um grande desafio em relação à divulgação de seus produtos, serviços e marcas, onde as mídias eram completamente estáticas e unilaterais. Mas, com o passar do tempo, foram surgindo novas mídias como o rádio que tornou a comunicação áudio/visuais, ou seja, neste momento os profissionais tinham mais de uma forma de impactar e chamar a atenção do cliente, ou público alvo. Logo, surgiu também a televisão que juntou as duas coisas unificando as sensações da informação em um único veiculo de comunicação. Ela se tornou o ícone mais importante ate hoje na comunicação, porém, isso não quer dizer que aqueles anúncios estáticos e simples tenham acabado, eles agora servem mais como apoio as campanhas de televisão.
Em toda a trajetória o design, como ferramenta de comunicação e de marketing vem se adaptando para tornar possível todas as sensações provocadas por mídias emergentes. Desde então, as experiências do receptor tornaram-se cada vez mais avançadas, surgem anúncios animados em topsites, mídia in-door e demais mídias alternativas.
As ferramentas denominadas “multimídia” surgem para interagir o publico com o material publicitário, permitindo novas sensações, além da visual e sonora, dando a ele alguma autonomia no que realmente a pessoa quer ver e ouvir, passando a ser menos unilateral. Com isso há o surgimento de novas formas de comunicação, surgindo a internet.
A internet começou dando ao usuário novas sensações interativas como hiper-navegação, pesquisas rápidas, novas formas de relacionamento e absorção de conteúdo relevante ao seu perfil. A publicidade e o design se ajustam mais uma vez para atender essa nova realidade, tentando trazer os modelos já existentes para dentro da rede mundial. O segundo momento da rede permite ao usuário se reunir em comunidades definidas por perfis, ter acesso a conteúdo de áudio, visual, animado e interativo.
Também há o surgimento da web, que foi criada no intuito de promover a colaboração de conteúdos acadêmicos. Ela nasceu de forma colaborativa, e tornou o termo “receptor” em “colaborador”, pois ela foi capaz de avançar um pouquinho na formação da sua personalidade, podendo permitir ao usuário a possibilidade de ter experiências áudio/visuais, animadas (vídeos e vinhetas flash), interativas e colaborativas. Atendendo ainda mais os anseios do público que a consome.
10 Tendências de Consumo de Mídia
1) Mesmo relativamente, a população pobre agora considera a TV uma necessidade
Em 2010, quase metade dos lares indianos já tem TV. Em 2001, a porcentagem era menos de 1/3. Mas em áreas urbanas, esse número salta para 96%. (Compare isso a 7% de indianos que usam a internet). No Kenya, por exemplo, a taxa de penetração da TV cresceu de cerca de 60% para 70% em quatro anos: de 2005 a 2009, mesmo tendo um crescimento de quase metade dos números de lares mensurados. Mesmo nas favelas de São Paulo, o aparelho de TV é líder em vendas na cadeia de varejo Casas Bahia, apesar de o fato de que os moradores tendem a não terem eletricidade ou água corrente.
2) Apesar da internet, estamos assistindo mais e não menos
Na média, os EUA assistiram a 280 minutos de TV por dia em 2009, mais de 4,5 horas e um aumento de 3 minutos em relação ao ano anterior. Um crescimento similar pode ser visto em todo o mundo, onde a média das pessoas que assistem à TV é de 3 horas e 12 minutos por dia.
3) O que o mundo está assistindo? Futebol americano, American Idol – como concursos e telenovelas
A Copa do Mundo de 2010 foi o evento televisivo mais visto da história, transmitido em todos os países (incluindo a Coréia do Norte) e conquistando uma audiência média de 400 milhões de espectadores por jogo. Mais de 1/3 das músicas do Afeganistão para “Afghan Star”, versão do país, foi para “American Idol”. A TV Globo, por exemplo, tem transmitido novelas produzidas localmente desde os anos 1970, e muitas das quais atingem audiência de 80 milhões de telespectadores.
4) EUA e a Europa Ocidental estão perdendo circulação de jornais, mas o resto do mundo vive o sucesso do jornal
Em números de títulos e circulação, Ásia, África e a América Latina estão subindo em um ritmo anual de dois dígitos. China e a Índia são agora os lares de quase metade dos 100 melhores diários (jornais), com jornais que ostentam média de circulação de 109 mil exemplares, ou mais. Apenas na Índia, o número de jornais pagos subiu 44% e chegou a 2.700 títulos desde 2005, respondendo por mais de 1/5 de todos os títulos de jornais do planeta.
5) Aqui esta o porquê de você manter os olhos no Facebook
Quando se trata de tempo de permanência no site, o Facebook massacra todos os rivais com 6 horas contra menos da metade para todos os outros sites considerados top 10.
A base de usuários da rede social de Mark Zuckerberg é 517 milhões de pessoas e 70% deles vivem fora dos Estados Unidos. De acordo com o estudo da rede DDB, de 1.642 usuários internacionais do Facebook, a média de fãs auto-declarados é de 31 anos, sendo que eles seguem 9 marcas. ¾ deles (76%) já clicaram em “curtir” para sinalizar que são fãs da marca. Em contrapartida, 95% deles esperam um tratamento especial e 94% estão dispostos a defender a marca se necessário.
6) Os cyber cafés são portas de entrada para populações de mercados emergentes se conectarem
A inovação dos “cyber cafés” tem ajudado a propagar o uso da internet nos mercados emergentes. Na Coréia do Norte, pessoas podem alugar acesso à banda larga por cerca de 80 centavos à hora, eliminando a necessidade de dispendiosas assinaturas mensais, e levando uma rede de relacionamento social para a Coréia e jogos online multiplayer. Cyber Cafés ou “warnets”, desde então, se espalharam para a Indonésia, onde apenas 5% dos lares têm um PC; e para o Brasil, onde os cafés são conhecidos como “LAN houses” e têm taxas de hora em hora tão baixas na casa de 1 dólar.
7) Os BRICs levam ao consumo de vídeo online
Brasil, Rússia, Índia, China e Indonésia sediam os consumidores mais ávidos por vídeo online. Usuários de internet na China e Indonésia, por exemplo, eram 26% mais ávidos do que a média de usuários global para consumo de vídeos online, enquanto os indianos eram 21% mais ávidos, enquanto russos e brasileiros representam 11%. A internet, cada vez mais, tende a se tornar TV. Em 2009, 1/3 de todo o tráfego da internet foi vídeo. Este ano, o número subiu para 40% e a tendência é que chegue a 91% até 2014, segundo a Cisco.
8) Taxas de uso e penetração da internet são prejudicadas pelos custos de acesso. Do mobile, não
Apenas 81 milhões de indianos (7% da população) usam a internet, mas seis vezes mais (507 milhões) têm celulares. O mesmo padrão acontece mundo afora. Testemunhas da relação PC x penetração móvel: na China (20% vs. 57%); Índia (4% vs. 41%); Brasil (32% vs. 86%); e Indonésia (5% vs. 66%).
9) Netbooks, leitores digitais e tablets vão impulsionar o crescimento do uso da internet
A proliferação de novas telas como netbooks, leitores digitais e tablets deverá duplicar o tráfego de IP até 2014, segundo a Cisco. Até lá, o equivalente a 12 bilhões de DVDs será compartilhado mensalmente pela internet. O condutor de maior crescimento é o vídeo – data-rich 3D e HD streams entregue aos computadores, aparelhos de TV e telefones, que irão levar o tráfego móvel global ao dobro a cada ano para o futuro próximo.
10) Num futuro próximo, a previsão para os hábitos de mídia do mundo está em uma palavra, ou mais:
O tempo gasto com computadores tem triplicado nas últimas décadas entre crianças de 8 a 18 anos. A maior parte do tempo gasto deste grupo é em mídia social, seguida no ranking por jogos, sites de vídeo e mensagens instantâneas. O “pacote” consumido por crianças engloba na média um total de 10 horas e 45 minutos de conteúdo de mídia em um período de 7 horas e meia de exposição.Agora faça um exercício: imagine o quanto este grupo irá consumir em média, em 10 anos, quando eles entrarem no mundo dos negócios e começarem a consumir de fato.
Com este artigo, fizemos um breve levantamente do que seja as novas mídias no Design e de como isso influenciou na relação com o público que recebia os produtos. A novas mídias facilitaram a divulgação de informações e conteúdos para o público alvo e clientes, onde a estética e a imagem era tudo para o Design, permitindo assim, trazer novas sensações, tanto visuais como sonoraspara a população, permitindo uma interação homem-máquina.
Referências:
AdNews
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